FriCine é reconhecido como Patrimônio Cultural do Estado do Rio de Janeiro
29/05/2025
(Foto: Reprodução) Festival de cinema de Nova Friburgo é exaltado por sua relevância artística, ambiental e educacional após quase duas décadas de atuação. FriCine foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Estado do Rio de Janeiro
Arquivo Pessoal/Fricine
O Festival Internacional de Cinema Socioambiental de Nova Friburgo, mais conhecido como FriCine, agora é oficialmente Patrimônio Imaterial, Histórico e Cultural do Estado do Rio de Janeiro.
A conquista foi anunciada no último dia 16 de maio, data em que o município celebrou seus 207 anos de fundação, por meio da Lei nº 10.780, sancionada pelo governador em exercício, Thiago Pampolha.
Criado em 2006 pelos cineastas e ambientalistas Pedro e Ana Cavalcanti, o FriCine é hoje um dos festivais de cinema mais antigos em atividade no Brasil com caráter competitivo internacional.
Mais do que uma vitrine para produções audiovisuais, o evento é um espaço para discutir sustentabilidade ambiental, social, econômica e cultural, reunindo cineastas, pesquisadores, ambientalistas, estudantes e o público em geral em torno de filmes que fazem refletir.
Na edição de 2023, o FriCine recebeu mais de 2.500 inscrições de filmes de diversas partes do mundo, confirmando sua visibilidade e prestígio fora do Brasil. As exibições são sempre gratuitas e divididas entre mostras competitivas internacionais, regionais e temáticas, que ocorrem em salas de cinema, espaços culturais e até praças públicas.
Além da programação de filmes, o festival se destaca pelas ações educativas e formativas. Desde 2019, promove a Oficina de Criação Cinematográfica, voltada para estudantes da rede pública de Nova Friburgo. A proposta é simples e poderosa: transformar redações escolares em curtas-metragens, com orientação de profissionais de cinema. Os alunos participam de todas as etapas — da escrita à direção — e os curtas são exibidos ao público no encerramento do festival.
Ao longo dos anos, o FriCine já contou com a presença de nomes como Leonardo Boff, teólogo e referência mundial em ecologia integral; André Trigueiro, jornalista e ativista ambiental; além dos cineastas Silvio Tendler, Walter Carvalho, Roberto Farias e Vladimir Carvalho.
O reconhecimento oficial como patrimônio cultural reforça o papel fundamental que o FriCine cumpre em valorizar a identidade friburguense e aproximar a população da arte cinematográfica e da reflexão ambiental. Segundo os organizadores, o título amplia a responsabilidade do festival e abre caminhos para parcerias e novos investimentos.
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